sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Experiência: Revivendo o sonho dos Imigrantes

EXPERIÊNCIA: REVIVENDO O SONHO DOS IMIGRANTES
Marcados pela saudade, um grupo de voluntários de Vila Flores há 5 anos realiza, na Casa do Artesão tipicamente trajados, o FILÓ . É um resgate de parte da cultura italiana. Os turistas são recebidos à luz dos lampiões e introduzidos num ambiente previamente preparado. Os que chegam logo são envolvidos pela magia do Filó, num clima de passado. Passamos através do Filó um pouco de cultura, gastronomia e lazer dos nossos antepassados. O visitante sente-se à vontade, interage e convive com o grupo de Filó, participando de todos os momentos.
O Filó realizado, atualmente, é um momento de oração, cultura, diversão, emoção, além de uma volta ao passado, trazendo para o presente uma história de vida que não podemos esquecer, pois o que temos hoje foi graças ao trabalho, persistência e o acreditar daquela gente que foi jogada numa terra desconhecida.
Venha vivenciar um Filó!
Período de realização: com agendamento
Duração da atividade: 04 horas - realizado à noite.
Grupo mínimo de 30 pessoas e máximo de 50 pessoas.

FILÓ ITALIANO DE VILA FLORES
Os italianos trouxeram sua cultura, seus valores, seus usos e costumes para a região. Uma das contribuições fortes deixadas foi o FILÓ, que consistia basicamente num encontro de pessoas (famílias) na casa de alguém. Nestes encontros o objetivo era rezar, dialogar, jogar, fazer trabalhos manuais, contar casos, cantar e era onde buscavam força para seguir adiante na jornada.
A palavra filó origina-se do trabalho artesanal de fiação que as mulheres faziam nos encontros, ainda na Itália, nos estábulos, nas noites longas de inverno para além dos objetivos acima, repartir a comida, o calor e economizar energia, pois até a lenha devia ser poupada.
Aqui no Sul o FILÓ fortificou-se, pois se reuniam com o objetivo de diminuir a solidão e a saudade da Pátria e dos familiares. Saíam de suas casas cantando felizes, com um tição ou um ferral (lampião) para iluminar o caminho, e ao mesmo tempo cantando para espantar o medo dos animais, o medo da floresta, e também para que os vizinhos ouvissem e se juntassem a eles.
No Filó, após a reza do terço, os homens iam para um ambiente para jogar, beber vinho, tratar dos negócios , confeccionar instrumentos de trabalho e contar causos. As mulheres iam para outro ambiente onde falavam sobre a família, fiavam linho e lã de ovelha, (para vestes) faziam a Dressa (trança de palha) para fazer chapéus, cestas de palha (sporta) e bordados.
Nestes encontros comiam pinhão, batata doce, amendoim, pipoca, fregolá e o bom vinho.

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